Dos 65 mil estudantes, 35 mil são de cursos de graduação, e outros 30 mil de cursos profissionalizantes na área de software e serviços de TI.
De acordo com os dados apurados, também houve crescimento significativo no volume de cursos oferecidos na área de Ciência da Computação. Entre 1996 e 2009, foram mais de 10 mil pós-graduados, com competências em diferentes áreas.
A previsão advém do segundo volume da pesquisa que será apresentada em 10 de julho ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília, intitulada “Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva”.
Conduzido por uma equipe de pesquisadores do Observatório Softex, o objetivo do estudo era analisar o setor de software e serviços de TI no Brasil. E ao que tudo indica, o resultado das pesquisas evidencia crescimento de mão de obra do setor no país, que hoje ainda é escasso.
A Softex ainda analisa que a falta de mão de obra em TI no Brasil atualmente não se deve somente a questões quantitativas. Um dos motivos é que o número de cursos ofertados na área cresce mais do que a própria demanda, que se manteve estável ao longo dos anos.
Outros fatores que devem ser considerados são a má qualidade da formação no setor, sua baixa produtividade, e a diferença entre o perfil de mão de obra requerido pelo empresário e as competências apreendidas pelos profissionais.
Ainda há a divergência entre as expectativas dos profissionais em relação às condições de trabalho oferecidas pelas empresas, e a concentração de grandes companhias e oportunidades em poucos municípios. “A mobilidade da força de trabalho ainda é pequena. Isso faz com que tenha gente sobrando de um lado e gente faltando de outro”, afirma a gerente do Observatório Softex, Virgínia Duarte.
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