As economias europeias devem aproveitar o máximo das ondas de rádio que atendem às tecnologias de telefonia móvel e Internet se quiserem dar conta do grande crescimento na demanda por serviços de dados em smartphones e tablets.
Mais de 50 por cento do tráfego de dados para smartphones passam por redes de Wi-Fi, e esse tipo de tráfego está crescendo de quatro a seis vezes mais rápido do que as redes de celular, segundo a Comissão.
Companhias que passaram a ter partes de espectro de rádio após a abertura na década de 1990 consideram essas faixas entre os ativos mais rentáveis e estão muitos relutantes em dividi-las.
Espectro pode suportar até certo volume de tráfego. Se a companhia tiver licença para faixas adjacentes de espectro, pode ter maior tráfego. Se as faixas forem separadas, esse volume já diminui.
"O que temos agora é que o espectro está dividido em partes incrivelmente pequenas entre os 27 países-membros", disse o porta-voz da Comissão Europeia, Ryan Heath, nesta segunda-feira. "Isso certamente não é a melhor maneira de explorar esse recurso", acrescentou.
A proposta da Comissão, até agora não vinculante, é de que as companhias sem espectro possam negociar com as que têm e peçam aos reguladores locais que aprovem os acordos.
Tais acordos podem ajudar operadoras a cortar parte dos custos de rede ao dividir espectro em áreas ou horas específicas, disse a Comissão.
As companhias de telecomunicação podem ter resistência a dividir tais faixas se não virem a possibilidade de retorno diante do alto preço que pagaram em leilões.
Alguns países já se mexeram para que companhias sem o próprio espectro possam oferecer serviços de telefonia móvel.
O leilão de espectro de tecnologia 4G na França exigiu às três companhias que venceram a faixa de 800 MHz a venda de acesso a determinadas operadoras virtuais (MVNO, na sigla em inglês), que podem oferecer serviços móveis ao consumidor final sem ter as próprias faixas ou espectro.
Autoridades de concorrência da União Europeia obrigaram a Everything Everywhere --maior operadora britânica de celular e dona das redes Orange e T-Mobile-- a repassar parte do espectro para a concorrente Three.
O porta-voz voz da Comissão Europeia disse que a proposta não prejudicará a qualidade do serviço e mostrou esperança de que surja um mercado secundário de direitos de espectro.
Fonte: INFO
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